ninguém.
[...]O Cíclope bebeu o vinho com entusiasmo e pediu para que a tigela fosse reenchida três vezes. Então, num estupor de embriaguez, deitou-se para dormir. Antes de dormir, perguntou o nome dO seu hóspede, e Ulisses respondeu que era "Outis" ["ninguém" em grego]; o Cíclope prometeu que em retribuição pelo vinho comeria "Ninguém" por último. Assim que o monstro dormiu, Ulisses aqueceu a ponta da estaca ao fogo; quando ela ficou em brasa ele e quatro de seus melhores homens enterraram a ponta no olho único do Cíclope. O olho emitiu um chiado, semelhante "ao alto silvo que sai de um grande machado ou enxó, quando o ferreiro coloca a peça dentro da água para conferir-lhes têmpera e dar força ao ferro". O Cíclope, rudemente acordado pela dor terrível, urrou e rugiu, chamando os seus vizinhos, os outros Cíclopes, para que viessem ajudá-lo. Mas quando estes se agruparam do lado de fora de sua caverna e perguntaram quem o estava a incomodar, quem o tinha ferido, a sua única resposta foi que "Ninguém" o incomodava e "Ninguém" o estava a ferir; assim eles acabaram por perder o interesse retiraram-se.
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